Parto em casa planejado
Foto: Natália Vasconcellos (@natt.vasconcellos)
O parto realizado em casa
é muito mais antigo que o parto hospitalar. Não que um seja melhor que outro,
apenas que a visão do parto foi sendo modificada ao longo da história,
cumprindo um papel de acordo com os valores e necessidades de cada tempo e sociedade.
Ainda hoje, existem comunidades em que as mulheres nunca foram em um hospital
para parir.
Em casos de gestação que
seguem seu curso fisiológico e que não tem complicações, o parto pode acontecer
em casa e é tão seguro quanto um parto hospitalar. Em casa, em geral, os
casais se sentem mais confortáveis, trazendo a esse evento uma atmosfera
familiar. Nosso acompanhamento do parto em casa é assistido por enfermeiras com
formação em obstetrícia e que buscam integrar os conhecimentos científicos atualmente vigentes aos conhecimentos da parteria tradicional, utilizando-se de ervas
e rituais que contribuem para otimizar esse momento. Contamos com a presença de
uma doula, que também auxilia com o apoio físico e emocional, massagens e
técnicas de relaxamento. A mulher tem liberdade para se movimentar, tomar
banho, alimentar-se e escolher a posição que se sente mais confortável para
parir. Toda a evolução do trabalho de parto e parto são monitorados pelas
enfermeiras, que avaliam intermitentemente o bem estar materno e fetal. Levamos
todo o equipamento que necessitamos para a casa e, em caso de emergência, é
realizada transferência para o hospital de preferência do casal ou o hospital
mais próximo.
Para o parto em casa, é
necessário que o casal realize um acompanhamento pré-natal com a equipe. As
consultas se iniciam na 32ª semana de gestação e ocorrem quinzenalmente até a
36ª semana e semanalmente até o dia do parto. Além disso, contamos com o
acompanhamento de uma psicóloga com experiência em terapias holísticas e
transpessoais, que oferece um suporte psicoemocional, trabalhando emoções e
permitindo uma maior abertura do casal para o momento do parto. No pós parto, é
realizada consulta no 1º e no 3º dia com a enfermeira obstetra, para avaliação
da mulher e do bebê, auxílio e orientações sobre amamentação e puerpério. No 4º
dia, com a psicóloga, para auxílio e suporte das emoções do pós parto. No 7º
dia, realiza-se um ritual de fechamento de corpo, com o intuito de trabalhar as
emoções da mulher, sendo utilizadas diversas ervas e massagem corporal (mais
informações, ver item que fala exclusivamente desse ritual).
O acompanhamento
pré-hospitalar é realizado para os casais que decidiram ter um parto
hospitalar, mas desejam um acompanhamento especializado em casa. Todo o acompanhamento do trabalho de parto é realizado por uma
enfermeira obstetra na casa do casal e a ida ao hospital ocorre quando o trabalho de parto está mais avançado e o parto acontece no hospital de escolha.
Para esse acompanhamento,
é necessário que a gestação seja fisiológica e que a mulher não apresente
nenhum risco gestacional. São realizadas duas consultas no pré-natal, uma que
acontece, preferencialmente, entre 32 e 34 semanas e a outra a partir de 36
semanas de gestação. Além disso, a enfermeira obstetra estará a disposição para
orientações e dúvidas através de contato telefônico. Também está incluído nesse
atendimento uma consulta pós-parto para avaliação da mulher e do bebê, bem como
auxílio e orientações sobre amamentação e puerpério.
Esse é um ritual muito
comum entre as parteiras tradicionais e tem o intuito de fazer uma limpeza
emocional do que foi vivido no momento do parto. Idealmente, acontece a partir
do 7º dia pós parto. Contribui com o fechamento do campo energético da mulher,
que se abre de maneira profunda no momento do parto. Consiste em uma massagem
relaxante em todo o corpo; um banho quente com ervas medicinais dentro de uma
sauna sagrada, que ajuda à mulher a suar e colocar para fora as emoções
contidas; cantos sagrados e uso de rebozos para o fechamento do corpo. Tudo
isso ocorre no domicilio, preferencialmente com a presença de outras mulheres
escolhidas pela própria mulher. É um ritual muito bonito e potente.